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Projetos

Sistemática de gafanhotos: Mata Atlântica e Pantanal

Diversidade biológica, sistemática e diferenciação de gafanhotos (Orthoptera: Caelifera) nas áreas de endemismo da Mata Atlântica
Coordenador: Marcos Gonçalves Lhano

O Laboratório de Ecologia e Taxonomia de Insetos (LETI) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, coordenado pelo prof. Dr. Marcos Lhano, é responsável pelo estudo da diversidade de gafanhotos (Caelifera) nos domínios Mata Atlântica e Pantanal. Este grupo é intensamente estudado principalmente por exercerem competição direta por alimento com os demais organismos. Sabe-se que plantas hospedeiras podem afetar os parâmetros populacionais dos gafanhotos, devido suas características especificas responsáveis pela aprovação ou rejeição no consumo de vegetais presentes no ambiente. Isto justifica a necessidade de manter a integridade dos ecossistemas,  minimizando as chances de perder espécies ainda não conhecidas.

Mata Atlântica

A Mata Atlântica foi uma das maiores florestas das Américas, com cerca de 150 milhões de hectares e cuja enorme diversidade resulta na combinação de fatores, como uma ampla faixa de cobertura latitudinal, áreas com diferentes amplitudes verticais e diversos contextos climáticos. Apesar dessa notável heterogeneidade ambiental e biológica, a vegetação original mostra-se fragmentada em meio a grandes extensões de terra utilizadas para a ocupação antrópica e produção de alimentos.

Apresenta importância vital na manutenção de diversos processos ambientais, mas atualmente restam apenas de 7 a 8% de sua cobertura original. Como mais de 70% de sua vegetação primária foi perdida, este domínio se encaixa na classificação destinada aos Hotspots, definidos como locais de uma determinada região biogeográfica que perdeu expressivas parcelas da vegetação original. A significativa diversidade combinadas com as características geográficas locais favorecem o endemismo presente neste domínio. Nossas coletas se concentram na Reserva Ecológica Michelin no Município de Igrapiúna (BA); no Parque Nacional Monte Pascoal, Itamaraju (BA); na Reserva Biológica Duas Bocas, Cariacica (ES) e na Reserva Nacional Vale, Linhares (ES).

Pantanal

O Pantanal corresponde a uma vasta depressão da alta bacia do rio Paraguai onde convergem quatro importantes domínios: Cerrado, Chaco, Floresta Amazônica e Floresta Atlântica e cuja continuidade geográfica evidentemente é um fator de grande importância na interação entre os diversos tipos florísticos encontrados no domínio Pantanal. Neste, ocorre o fenômeno da inundação que caracteriza este macroecossistema ecológico. A cada ano, grande parte deste domínio passa de biótopos terrestres a biótopos aquáticos. Estas oscilações cíclicas do nível das águas são fatores reguladores das populações animais e vegetais. Há indícios de que as populações de gafanhotos também sejam reguladas pelos pulsos de inundação. Porém ainda não há uma caracterização adequada da biodiversidade e seus padrões. Neste domínio nossas coletas se concentram na área circunvizinha a Base Avançada de Estudos da Universidade Federal do Mato Grosso, localizada na propriedade do SESC Pantanal próximo ao rio Cuiabá.

O objetivo principal de nossa equipe é ampliar o conhecimento taxonômico da acridiofauna neotropical nestas regiões. Tarefa de extrema importância, assim como o levantamento faunístico da diversidade de gafanhotos nas áreas consideradas endêmicas, que apresentam-se prioritários e imprescindíveis para a conservação e manejo destes insetos.

 

 

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